“Alma de Poetas”, por Maria do Carmo Teles de Lemos.

 

“Alma de Poetas” de Florbela Espanca

Ai almas dos poetas
Não as entende ninguém,
São almas de violeta
Que são poetas também.

Andam perdidas na vida,
Como estrelas no ar;
Sentem o vento gemer
Ouvem as rosas chorar!

Só quem embala no peito
Dores amargas secretas
É que em noites de luar
Pode entender os poetas.

E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma para sentir
A dos poetas também!

Contadora:
Maria do Carmo Teles de Lemos, 76 anos, natural da Vila da Rua.

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